Transição Energética Justa é debatida pela FIESC em Criciúma

O Radar Pocket – Transição Energética aconteceu nesta terça-feira, 21 de agosto, na ACIC em Criciúma. Durante o evento, foram abordados oportunidades e desafios para as indústrias na redução da emissão de gases de efeito estufa, assim como políticas públicas, incentivos e abastecimento energético mais sustentável.

O evento, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em parceria com o SESI e SENAI, contou com a presença de autoridades, lideranças do setor carbonífero, especialistas e pessoas interessadas no assunto. Na abertura, o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, destacou que o tema Transição Energética está na pauta das empresas que querem ser mais competitivas no mercado.

A primeira palestra foi do Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Guilherme Dallacosta. “Posso assegurar que é a maior pauta ESG que temos hoje no governo. Precisamos juntar todas essas peças para construir o melhor caminho para Santa Catarina, e não vamos fazer isso copiando modelos de países da Europa; precisamos ter um modelo catarinense”, afirmou o secretário.

Logo após, um painel trouxe os executivos da SCGás, Otmar Josef Muller, da Diamante Energia, Pedro Litsek, além da Associação Brasileira do Carbono Sustentável, representada por Márcio Zanuz, para debater a transição energética justa com a seguinte pergunta: Matriz Energética de SC: como atender os compromissos de neutralidade climática e assegurar o abastecimento energético das indústrias?

Assuntos como a captura de carbono, diversificação energética e a necessidade das térmicas para a segurança energética do país foram algumas das pautas.

O presidente da Diamante Energia, gestora do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda em Capivari de Baixo, Pedro Litsek, afirmou que, atualmente, as térmicas são necessárias para o sistema elétrico e que a matriz elétrica do Brasil é quase 90% renovável. “A nossa matriz energética já é equilibrada em termos de participação de fontes renováveis e não renováveis. Porém, quando há uma baixa hídrica, por exemplo, o Operador Nacional do Sistema (ONS) recorre às térmicas no período seco, que têm fonte firme e podem ser acionadas de forma imediata”, disse Litsek.

Pedro ainda explicou que o carvão é abundante no país, com precificação em reais, empregos gerados e sem risco de desabastecimento por eventos internacionais. “A geração termelétrica a carvão deve ser considerada mesmo no futuro, com adequados sistemas de captura de carbono”, concluiu.

 

 

 

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